Por Mariana Andrade - Site Metrópole
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta semana para definir a taxa básica de juros, a Selic, que ficará vigente pelos próximos 45 dias. A reunião do colegiado ocorre na terça-feira (6/5) e quarta-feira (7/5), com expectativa de continuidade no ciclo de altas, mas em uma intensidade menor.
Um dia antes do começo de silêncio do Copom, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, confirmou a validade do “guidance” — orientação sobre a política monetária futura, no jargão do mercado financeiro — indicado na reunião de 18 e 19 de março.
À ocasião, o colegiado indicou que o ciclo de aperto monetário (ou seja, o aumento dos juros) “não está encerrado”, mas que a próxima elevação “seria de menor magnitude”, após elevação de 1 ponto percentual.
Ainda nessa última fala pré-Copom, Galípolo reforçou que a diretoria do BC optará por “colocar a taxa de juros no patamar que for restritivo o suficiente, e pelo período que for necessário, para atingir a meta”.
Atualmente, a taxa Selic está em 14,25% ao ano, maior valor da taxa em quase 10 anos. Com isso, os juros estão no mesmo patamar de julho de 2015, época da crise no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
As projeções do mercado financeiro para a próxima elevação da Selic variam entre 0,25 ponto percentual e 0,75 ponto percentual. Embora não haja uma indicação clara do BC, é sabido que não haverá um acréscimo de 1 ponto.
Com isso, os analistas não acreditam que a taxa Selic fique abaixo de dois dígitos até o fim do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2026, e sequer do mandato de Gabriel Galípolo à frente do BC, que termina em 2028.